Conheça o projeto Sentinelas da Floresta

A Floresta Amazônica, com sua enorme riqueza de biodiversidade, tem sido fonte de trabalho e alimento para muitas civilizações que têm manejado seus recursos naturais de maneira sustentável ao longo dos séculos. Uma prova disso é que muitas espécies vegetais têm sido cultivadas por várias gerações de indígenas, e ainda são encontradas na floresta em vários países da região amazônica, com destaque para a castanha do Brasil, o Babaçu, a Pupunha e outras.
Em Mato Grosso (Brasil), são encontradas grandes concentrações destas espécies na região Noroeste, principalmente nas bacias dos rios Juruena e Aripuanã, onde seu extrativismo é realizado por indígenas e agricultores familiares, sendo fundamental na cultura desses povos, que utilizam seus frutos na alimentação, e atualmente, como parte importante da sua economia.
A Rede Sentinelas da Floresta reúne importantes parceiros, como a Coopavam, o Instituto Munduruku e as Associações Kawaiweté, Passapkareej, Acaim, Amca, Amater e Amac. Juntos eles envolvem mais de 300 famílias de indígenas, agricultores e mulheres rurais na região Noroeste do Mato Grosso, para o desenvolvimento das cadeias de valor da castanha do Brasil, do Babaçu e de Sistemas Agroflorestais.
Apoiada pela Aderjur, através do Projeto Poço de Carbono Juruena (PCJ) que é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, esta iniciativa promove a gestão de um Fundo Rotativo Solidário da ADERJUR, que disponibiliza recursos para a formação de estoque de castanha. Também apoia na organização comunitária da produção dos extrativistas, com orientação técnica para boas práticas de coleta, disponibilização de ferramentas e insumos e com a formalização de contratos que garantem a comercialização da produção em toda a cadeia. Esta ação promove qualidade de vida e renda para os envolvidos e mantém a floresta em pé.
Além de oferecer produtos 100% naturais, a Rede Sentinelas da Floresta se preocupa em manter a floresta em pé, através da fiscalização e gestão dos territórios, realizadas pelos próprios moradores da região e pelos extrativistas.
Veja os Benefícios já alcançados pelo Projeto Poço de Carbono Juruena:
- Conscientizou os extrativistas indígenas acerca dos males da venda ilegal de madeira, e a renda gerada através do extrativismo dos produtos florestais não-madeireiros fez com que essas comunidades abandonassem a retirada de madeiras nobres adotando-o como prática sustentável;
- Recuperação de áreas com a implantação de Sistemas Agroflorestais;
- Repasse dos conhecimentos sobre o manejo sustentável da floresta para as novas gerações;
- A repercussão do projeto já é nacional e vem agregando valor a floresta, impulsionando a capacidade comercial e proporcionando visibilidade aos produtos e aos extrativistas;
- Alcance dos objetivos propostos a longo prazo, como a conservação da Floresta Amazônica, melhoria na vida das pessoas sem que elas precisem deixar o local onde vivem ou o trabalho que executam;